Páginas

domingo, 27 de novembro de 2016

Arnica para Todos os Medos

27/11/2016 – Domingo – Primeiro dia – Quadragésima Nona Semana de 2016.

O uso da Arnica Montana, arbusto de médio porte originário das grandes altitudes europeias, é conhecido e valorizado de longa data por todos os Fitoterapeutas e Homeopatas do mundo, que a receitam quase todos os dias por seu grande valor na resolução da maioria dos processos inflamatórios ligados aos traumas mecânicos a que todos estamos sujeitos ao longo da vida. A Homeopatia em especial, estende seu uso inclusive aos bloqueios psíquicos que quase sempre acompanham traumatismos de médio e grande porte, indicando-a em dinamizações acima da “duzentésima hanemaniana” para explorar seus efeitos enquanto princípio ativo protetor da estrutura psíquica do paciente.
Ocorre que a Arnica Montana contém em toda a sua estrutura a Arnicina, um óleo essencial tão irritante para o sistema que é conhecido como um tóxico com capacidades abortivas por produzir contrações musculares espasmódicas e vaso dilatação excessiva. Isto a contra indica para uso interno na forma de Tinturas ou “in natura”, o que de certa forma limita o seu uso mais amplo posto que a população em geral prefere acessar os fitoterápicos na forma de chá. E aí é que surge como opção de grande valor: as “nossas” Arnicas. Existem no Brasil algumas plantas diferentes conhecidas pelo nome genérico de “Arnica”, e dentre elas uma variedade endêmica nas paisagens de altitude de nossas chapadas, a “Arnica do Campo” (Lychnophora pinaster). É uma palmeira de pequeno porte que infelizmente já se contabiliza entre as espécies em perigo de extinção, pois nas últimas décadas o agronegócio descobriu o cerrado como excelente espaço para plantio posto que é naturalmente plano e muito rico de água de extrema qualidade. O resultado disso é que os nossos campos e várzeas, secos ou úmidos, estão desaparecendo sob a ação dos arados e lâminas dos tratores, o que está rapidamente levando ao esgotamento as espécies nativas que só medram em biomas específicos como este.
Terrorismo ecológico à parte, o interessante é saber que a Arnica do Campo tem as mesmas indicações que a Montana, com a vantagem de seu princípio ativo estar mais equilibrado em termos de toxidez. As Tinturas obtidas a partir de sua maceração são utilizáveis tanto externa quanto internamente, e mesmo que em baixas dosagens tem uma ação analgésica e anti-inflamatória que chega a ser impressionante por sua eficiência. Muita gente sabe disso posto que seu uso popular é tradicional e praticamente todas as populações do cerrado a utilizam largamente, embora não saibam manejá-la de forma a não depredar as manchas de brotamento que ocorrem nas bordas de chapada e em várzeas úmidas.
O que quase ninguém sabe é que a Arnica do Campo também apresenta uma forte atividade psíquica, centrada sobretudo na recuperação de conteúdos tais como: assertividade, lucidez mental, objetividade, auto estima, sentimento de poder pessoal e outros decorrentes destes mais amplos. No meu caso em particular isto foi descoberto por força de uma destas “sincronicidades” que volta e meia enriquecem a vida da gente com valores que nos serão grandemente úteis daí para frente.
Em determinado momento fui chamado à casa de uma paciente que não via já ha algum tempo, pois ela vive em São Paulo, enquanto estou sediado em Brasília. Neste dia em particular estava naquela cidade ministrando algumas aulas a um grupo de médicos interessado em medicina chinesa, e uma das alunas estava ali justamente por indicação daquela paciente. De fato era uma paciente em comum, pois ambos a tratávamos episodicamente. Neste dia, ao final do período, esta aluna foi chamada à casa desta paciente e, mais tarde, por volta das 23:00h, me contatou no hotel com um pedido para que fosse até lá como um último recurso antes de encaminhar a internação daquela pessoa. Resumindo a história, ela estava a cerca de vinte dias trancada em seu quarto sem se dispor a comer, tomar banho, falar com qualquer um ou fazer qualquer coisa que a expusesse a algum esforço ou à presença de alguém estranho. Uma fratura relativamente recente em um dos pés lhe causava grande dor, e apesar disso, ela não permitia que ninguém se aproximasse se o intuito fosse examiná-la. Aceitava a conversa com os filhos e o ex-marido, também médico, mas não suportava ser manipulada ou mesmo solicitada de forma alguma. O quadro era já preocupante tanto pela desnutrição em si quanto pelos perigos potenciais de auto agressão que um estado depressivo como aquele sempre significa. Cheguei ao apartamento e felizmente ela aceitou me receber demonstrando inclusive, certo entusiasmo com a minha presença. Como disse não nos víamos ha algum tempo, e nossa relação sempre foi muito boa tanto do ponto de vista clínico quanto pessoal.
Realmente seu quadro era crítico e àquela altura pouca coisa poderia ser feita em termos de tratamento direto dentro dos meus recursos corriqueiros. De qualquer forma sentei-me á beira de sua cama e comecei uma conversa amena, sem muita pretensão de chegar a algum lugar objetivo. Isto a agradou, pois não se viu pressionada a falar de si mesma ou do como havia chegado àquela lamentável situação.
Mas como era de se esperar, acabamos por chegar a isso naturalmente e em determinado momento ela me lembrou de ter me pedido que receitasse algo anti-inflamatório para si mesma, pois que tinha fraturado um dos pés em um acidente doméstico um par de meses atrás. Naquela ocasião, lembro de ter lhe indicado a Arnica na forma de tintura alcoólica, tanto para ser tomada via oral quanto para ser aplicada na forma de compressas frias topicamente. Me revelou que a partir dali seu estado de espírito fora se deteriorando e muitas das coisas que a perturbavam naquela época da vida foram tomando uma dimensão tão grande que se tornaram impossíveis de enfrentar. Enquanto ela se entretinha relatando um fato e outro, tentei perceber a lógica que havia por trás daquela história e terminei por realizar o entendimento de que todo o processo de depressão e pânico já existiam de longa data e o que ocorria naquele momento é que tudo aquilo havia sido potencializado pela ação da planta.
Ela estava vivendo o que na Naturopatia chamamos de “Crise de Cura”, mas de uma maneira perigosa e descontrolada. O que fazer por alguém neste estado àquela hora da noite!? E, principalmente, alguém que se negava a tomar medicações, a ser tocada, a se mover, etc. Como último recurso me ocorreu aplicar o princípio homeopático do que “o que te adoece também te cura em uma dose diferente”. Ela ainda mantinha a sua cabeceira uma quantidade da tintura de Arnica que eu lhe havia receitado, e por alguma razão àquela altura deixou-se convencer que um bom banho de imersão em uma banheira de água morna onde fosse diluída a própria Arnica poderia ajudá-la de alguma forma. Tomando do vidro, separei uma quantidade que me pareceu razoável (120ml) e ajudei-a a mancar até o banheiro. O banho durou uns bons quarenta minutos e só não mais porque ela adormeceu profundamente. Tão profundamente que foi possível reconduzi-la à cama sem que acordasse. Na verdade estava tão exaurida pela tensão psíquica que aquele sono era muito mais uma narcose auto induzida que outra coisa qualquer. Após alguns dias a médica dela me informou que estava se recuperando bem já que andava pela casa, lidava com as suas funções familiares e ia retomando a vida gradativamente.
Tocado por esta experiência passei a receitar banhos de imersão com Arnica Campestre a outros pacientes com quadros de Síndrome de Pânico, Depressão Reativa, Angústia e outros de foro semelhante. E sempre, alguns mais outros menos, todos reagiram positivamente e tal foi a consistência deste padrão de resposta que atualmente estou convencido que “aromoterapicamente” a Arnica tem poderes para ajudar na recuperação da psique mais desestruturada.
Principalmente para casos de Pânico, sua atividade de recuperar a capacidade de auto proteção não deixa dúvidas, restando é claro atender à necessidade de esclarecer seu mecanismo de ação. Enquanto isso não vem, como a minha confiança na atividade medicamentosa desta planta é total (nunca vi um caso sequer de efeitos colaterais indesejáveis!), vou propondo a meus pacientes o tratamento aromoterápico com o óleo essencial da Arnica. E pela sua cada vez mais extensa lista de aplicabilidades, convido a todos que estejam militando na área de saúde a experimentar. Primeiro em si mesmo e depois, se assim compreender que deve, expandir isto a seus pacientes.

Oi pessoal!!!
Mais uma semana vencida.
Finalmente operei meu dedão do pé direito, na quarta feira.
No inicio pouca dor, mas a medida que os dias passaram, ual, a dor veio com tudo. Mas por conta das minha aplicações de Reiki, no sábado a dor sumiu completamente e por conta disto pude comparecer ao casamento do filho de Manuela, minha querida amiga.
Correu tudo bem: sem dor, uma ambiente muito legal e tranquilo, excelente comida e musica deliciosa. Pena que não pude dançar, apenas fiquei me deliciando.
O melhor é que não me preocupei com a comida. A bebida estava mesmo proibida, assim ficou mais fácil.
Hoje dia de preguiça e restabelecimento.
Amanha tem comemoração do niver da Manuela. Mas semana que vem eu conto.
Por hoje é só.
Dezembro iniciando e o ano terminando.
Tudo de bom neste final de novembro e que comecemos a entrar na energia de amor do aniversário de Jesus.

Uma linda semana a tod@s e até lá!!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário