24/11/2013
– Domingo – Primeiro dia – Décima quarta semana.
Pacientes que apresentam sintomas relacionados
ao glúten na ausência de marcadores da doença é um dilema diagnóstico para
gastrenterologistas, clínicos gerais e nutricionistas.
A Doença Celíaca (DC) é um distúrbio
inflamatório crônico do intestino delgado que afeta 1% da população. A condição
pode ser definida como um estado de resposta imunológica intensificada ao
glúten ingerido (de trigo, cevada e centeio) em indivíduos geneticamente
suscetíveis. O pilar do tratamento da doença celíaca é a adesão vitalícia a uma
rigorosa dieta livre de glúten, que leva a melhorias no desfecho clínico, no
bem-estar psicológico e na qualidade de vida para a maioria dos pacientes.
No entanto, o número de pacientes que consome
uma dieta livre de glúten parece, em grande parte, fora de proporção em relação
ao número projetado de pacientes com doença celíaca. Esse agora é um “grande
negócio”, e a Reuters projeta um aumento nos lucros do mercado de alimentos
livres de glúten nos Estados Unidos de US$1,68 bilhão até 2015. Paralelamente,
um crescente problema encontrado na prática clínica é o diagnóstico e o manejo
de pacientes que reclamam de sintomas relacionados ao glúten na ausência de
marcadores diagnósticos de doença celíaca, como sorologia celíaca negativa e
biópsias duodenais normais. Esses pacientes representam um dilema diagnóstico
para gastrenterologistas, clínicos gerais e nutricionistas e, no passado, foram
descritos como pertencentes a uma “terra de ninguém” devido à incerteza do
diagnóstico.
SINTOMAS RELACIONADOS AO GLÚTEN EM PACIENTES
SEM DOENÇA CELÍACA
Existem dados observacionais de pacientes que
relatam sintomas relacionados ao glúten, mas sem evidências de DC. Apesar
disso, esses indivíduos beneficiaram-se sintomaticamente de uma dieta livre de
glúten. Historicamente, também tem sido observado que parece haver um aumento
na prevalência de anticorpos antigliadina naqueles que reclamam de sintomas
relacionados ao glúten e em pacientes com síndrome do intestino irritável em
comparação a controles saudáveis, apesar da exclusão de doença celíaca através
de biópsias duodenais normais e testes negativos para anticorpos antiendomísio
e antitransglutaminase tecidual.
Um grande estudo demonstrou recentemente a
existência de sensibilidade ao trigo em pacientes sem DC. As evidências,
portanto, sugerem que, mesmo na ausência da DC, produtos à base de glúten podem
induzir sintomas abdominais que se apresentam como Síndrome do Intestino
Irritável (SII).
O reconhecimento de que as reações ao glúten
não se limitam à doença celíaca levou ao desenvolvimento de um documento de consenso
em 2012 entre um grupo de 15 especialistas internacionais. Sugeriu-se uma nova
nomenclatura e classificação, com três condições induzidas pelo glúten – Doença
Celíaca (definição no início do texto), Alergia ao Trigo e Sensibilidade ao
Glúten Não Celíaca:
Alergia
ao Trigo: é definida como uma
reação imunológica adversa às proteínas do trigo mediada por IgE – pode
apresentar-se com sintomas respiratórios (“asma do padeiro” ou rinite, mais
comum em adultos), alergia alimentar (sintomas gastrintestinais, urticária,
angioedema ou dermatite atópica; principalmente em crianças) e urticária de
contato. Os testes para alergia ao trigo incluem dosagem sérica de IgE ou
testes cutâneos para o trigo.
Sensibilidade
ao Glúten Não Celíaca: é uma forma de
intolerância ao glúten quando a doença celíaca e a alergia ao trigo foram
excluídas. É uma expressão genérica e pode incorporar uma grande variedade de
possíveis aspectos clínicos.
A verdadeira prevalência de sensibilidade ao
glúten não celíaca na população geral é desconhecida. Além disso, não existem
biomarcadores específicos para identificar a sensibilidade ao glúten não
celíaca e o desfecho a longo prazo para esses pacientes não é conhecido.
Dados da clínica Maryland e uma avaliação de
78 pacientes italianos com sensibilidade ao glúten não celíaca mostram que os
indivíduos podem associar a ingestão de glúten a sintomas intestinais como:
desconforto abdominal, distensão abdominal, dor e diarreia (também consistentes
com a síndrome do intestino irritável) ou a uma variedade de sintomas
extraintestinais, como dores de cabeça, “mente nebulosa”, depressão, fadiga,
dores musculoesqueléticas e erupções cutâneas.
Algumas investigações têm sugerido que, embora
os pacientes com doença celíaca demonstrem uma resposta imune inata
(inespecífica) e outra adaptativa (específica, mediada por células T e
anticorpos) à exposição ao glúten, aqueles com sensibilidade ao glúten não
celíaca parecem demonstrar apenas uma resposta inata. A tabela resume o
espectro de distúrbios relacionados ao glúten.
Glúten
X Outros componentes do trigo
Também há incerteza sobre se é a retirada do
glúten especificamente que beneficia os pacientes, ou se outro componente do
trigo é o culpado. A opinião de especialistas e um ensaio clínico sugerem que os
frutanos fermentáveis (carboidratos presentes no trigo) podem provocar sintomas
gastrintestinais em pacientes com síndrome do intestino irritável. Assim, a
retirada do glúten pode, inadvertidamente, estar reduzindo a ingestão de
frutanos, que interagem com a microbiota intestinal, havendo produção de gases
e fermentação. As evidências atuais que indicam a retirada de oligossacarídeos,
dissacarídeos, monossacarídeos e polióis (FODMAPs) fermentáveis para síndrome
do intestino irritável podem sobrepor-se a uma dieta livre de glúten.
Recentemente, uma pesquisa avaliou 34
pacientes com Síndrome do Intestino Irritável nos quais a doença celíaca foi
excluída e que haviam tido seus sintomas controlados com uma dieta livre de
glúten. Em um período de seis semanas, um número significativamente maior do
grupo exposto a produtos contendo glúten, mas especificamente preparados livres
de FODMAPs (e, portanto, de frutanos) relatou uma diminuição clinicamente
significativa dos sintomas, incluindo dor abdominal, distensão abdominal,
satisfação com a consistência das fezes e cansaço. Os indivíduos não
apresentaram evidências de inflamação ou danos intestinais ao serem desafiados
com glúten e, assim, nenhuma pista sobre o mecanismo fisiopatológico envolvido
foi obtida. Embora o número de participantes nesse estudo fosse pequeno, os
resultados sugerem que o glúten propriamente pode induzir sintomas
gastrintestinais em indivíduos com sensibilidade ao glúten não celíaca. Estudos
multicêntricos maiores ajudariam a substanciar esses achados e talvez delinear
melhor a sensibilidade dos pacientes ao glúten e aos frutanos.
O que devemos fazer à luz da incerteza?
Com o aumento do consumo mundial da “dieta
mediterrânea” os médicos estão cada vez mais expostos a pacientes com
distúrbios relacionados ao glúten. Para pacientes que relatam intolerância ao
trigo ou sensibilidade ao glúten, exclua doença celíaca e alergia ao trigo. Os
pacientes com resultados negativos devem ser diagnosticados com sensibilidade
ao glúten não celíaca. Eles se beneficiam sintomaticamente com uma dieta livre
de glúten, mas devem ser informados de que a sensibilidade ao glúten não
celíaca é uma entidade clínica reconhecida há pouco tempo, cujo curso natural e
cuja fisiopatologia ainda não são totalmente compreendidos.
Boa noite!
Ainda estou mal.
Sem ânimo e falta de apetite.
Acordei às 11h10min e tomei meu café no total
de 07 pontos. Achei que seria bom
fazer um café reforçado já que ontem não jantei só comi uma barrinha de
chocolate talento amargo de 30 g e uma banana prata com uma fatia de queijo
minas.
Fiquei praticamente deitada o dia todo assistindo
TV e colocando bolsa de água quente no braço e no pescoço.
As 14h30min fui fazer meu prato de almoço: ½ xic
de arroz branco, ½ xic de feijão fradinho, abobora e ½ filé fino de peito de
frango grelhado e pimenta = 09 pontos.
Sobremesa 01 fatia de melancia.
Continuei na cama e sem fome e com muito
desanimo, mas às 20h30min me eu levantei e fui comer uma pizza pequena pronta
que estava no freezer. Coloquei em cima tomate. Foi a única coisa que me
apeteceu e 02 colheres de mostarda. Considerei 09 pontos
Sobrou 01 ponto dos 26 pontos.
São 00h06min e não tenho vontade de comer nada.
Vou me deitar e acho que vou comer uma fatia de melancia, pois é geladinha e
docinha. Cairá bem.
Pretendo em breve mudar minha alimentação e
tirar por 08 semanas o glúten. Vocês me acompanharão nesta aventura. Mas preciso
acabar com todos os produtos que tem aqui em casa.
Amanha não vou à hidro, pois acho que não será
prudente, mas quero de se consigo ir ao dentista no Leblon a pé.
Durmam bem e até amanhã.
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